quinta-feira, 2 de abril de 2009

Artigo


Gestão de compras e viagens corporativas
Artigos
05/09/2007


Gervásio Tanabe é diretor comercial da L’alianxa Travel e consultor de negócios
As recentes transformações ocorridas, e que continuam a ocorrer na indústria de viagens, em especial na de viagens corporativas, impactam em toda a cadeia produtiva desse setor. Processos de compras de serviços de viagens cada vez concentrados no ambiente de webservices, enfrentam os desafios da agilidade, da flexibilidade e da informação para atender as mais variadas demandas dos usuários, em consonância com processos de controle e gestão de gastos. Enfim, um constante processo de mudanças, de conceitos e atitudes.A gestão de viagens é uma atividade crítica nas organizações, pois é uma atividade que administra orçamentos e políticas corporativos que envolvem, muitas vezes, conflitantes desejos e percepções pessoais. O reconhecimento dessa atividade tende a ser relevado a uma atividade de gestão de compras de uma commodity como outra qualquer. Muitas empresas atribuem às áreas de compras (ou procurement), a tarefa de administrar os orçamentos de viagens, incluindo aí todo o processo de escolha dos prestadores de serviços e fornecedores, inserindo a atividade no contexto da gestão de supply chain. Para muitos, viagem é sinônimo de custo. E por isso mesmo, pouco reconhecido para que possa ser encarado como uma ferramenta gerencial de otimização de custos. Para muitos, reduzir o custo de viagens é, simplesmente, não viajar.Por outro lado, gestão de viagens é um tema excitante, que todos entendem, quando transportados para o ambiente de situações particulares. Quando adentramos no ambiente corporativo, esse assunto torna-se polêmico e assustador, na medida em que abordamos gerenciamento de uma das mais impactantes contas de custos dentro das organizações.O conturbado ambiente no segmento de prestação de serviços de viagem, compreendendo aí toda a cadeia de viagens, desde a pesquisa de compra, da compra propriamente dita e do controle e gerenciamento dessa prestação de serviços no ambiente da pessoa jurídica tem colocado em constante cheque os processos atualmente aplicados pelas empresas, notadamente de grande porte, aquelas com volumes expressivos de gastos em viagem.Muitas empresas tentam aplicar, no Brasil, conceitos consagrados em outras partes do mundo na área de gestão de viagens (travel management). As experiências e os resultados têm demonstrado que, diferentemente de simples commodities, passagens aéreas, diárias de hotel e locação de veículos (o tripé central das despesas de viagem) têm características bastante peculiares, quer seja sob o ponto de vista de processo de negociação ou de sua utilização. Os indivíduos são diferentes, e as organizações são formadas por indivíduos e, portanto, cada empresa tem o seu perfil de consumo, que difere internamente do perfil da corporação como um todo. Os processos globais encontram, hoje, resistências para sua concretização, justamente em função dos perfis diferenciados em cada país.As empresas aéreas, responsáveis por cerca de 70% de todo o volume de compras no segmento de viagens corporativas implementam mecanismos cada vez mais complexos que buscam, ao mesmo tempo, fidelização, otimização de recursos e redução de custos, com delicados sistemas de gestão pós-venda.As agências de viagem enfrentam, hoje, o desafio de implementar mecanismos que possam, num único e automatizado ambiente de Tecnologia da Informação, oferecer, em ambiente webservice, todas as informações necessárias à boa gestão de viagens nas empresas, armazenando dados de fornecedores e analisando performance do cliente, cabe a ela, hoje, aperfeiçoar o seu conhecimento para fazer a adequada gestão para o cliente.Por tudo isso, fazer gestão de viagens, inserida num contexto de gestão de compras, é uma tarefa bastante difícil e desafiadora para as organizações. E nesse contexto, as agências de viagem também já entendem que o seu negócio, hoje, não é mais reservar e emitir passagens aéreas ou vouchers de serviço, mas, garantir que estão provendo ao seu cliente a melhor opção de serviço, que esteja adequado ao budget e à política da empresa e, o que é mais importante, à melhor gestão do processo, com amplos e decifráveis controles. E, principalmente, satisfação ao usuário final, o viajante.
Postado no Brasilturis Jornal

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