Anderson Masetto
Edmar Bull, da Abav-SP, Viviânne Martins, da Abgev, Francisco Leme, da Abracorp, e o professor Hildemar Brasil
Durante o 6º Encontro Latinoamericano de Viagens Corporativas e Tecnologia (Lactte) foram divulgados os Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC) referentes a 2010. A pesquisa, coordenada pelo professor Hildemar Brasil, do Instituto da Hospitalidade, Lazer e Turismo (IEHLATUR), apontou crescimento de 20,43% do setor em comparação com 2009. O segmento movimentou um total de R$ 21,2 bilhões, 56,67% do total de viagens no país.
Brasil ressaltou que este desempenho se deve especialmente ao crescimento econômico do país, que deve confirmar um avanço entre 8 e 9% do PIB. Segundo ele, o setor de serviços, onde está inserido o turismo, cresceu 12,3% e o índice de confiança do setor, hoje em 157, está no seu maior patamar desde que foi criado. Por outro lado, o professor reconheceu que os elevados números também representam uma recuperação do setor que sofreu com a crise econômica em 2009."Claro que a comparação é com um ano ruim também ajuda para que os números sejam elevados", disse. "Para 2011, com base nos relatórios do Banco Central, deveremos ter um crescimento da economia abaixo de dois dígitos. E as viagens corporativas deverão crescer 8,5%", completou.
O setor aéreo continua sendo o que movimenta o maior montante, com 52,96%, seguido da hotelaria, com 35,92%, locação de automóveis com 6,35%. Os outros gastos representaram 4,77%. "A aviação movimentou 11,2 bilhões e foi o segmento que mais puxou este crescimento. O setor de locação surpreendeu, pois as viagens corporativas representaram mais de 20% do seu faturamento", ressaltou o professor. Outro índice destacado pela pesquisa é a geração de empregos do turismo corporativo no país. Segundo o IEVC foram 501.774 postos de trabalho, um crescimento de 16,84% em relação a 2009.
A presidente da Associação Brasileira dos Gestores de Viagens (Abgev), que promove o Lactte, Viviânne Martins, estes números demonstram sobretudo a força do setor, que para ela é quem move o segmento de viagens no país. "É o turismo corporativo que mantem as companhias aéreas e a hotelaria vivos. Temos que mostrar que somos realmente grandes, pois este é o nosso momento", disse. "O turismo corporativo é a mola propulsora do turismo", complementou Francisco Leme, presidente do Conselho Administrativo da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp).
Fonte: Mercado & Eventos
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