terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

as empresas deveriam gastar mais em viagens para maximizar as vendas.

As companhias norte-americanas deveriam incrementar em média 4% suas despesas com business travel para otimizar suas receitas de vendas - ou um gasto adicional de US$ 70 por empregado -, de acordo com um novo estudo divulgado na última sexta-feira pela American Express Global Business Travel (Amex BT) e pela GBTA Foundation, a divisão de pesquisas e educação da Global Business Travel Association. O novo estudo “Returno n Investment Refresh: Travel as a Competitive Advantage”, é a continuação de uma pesquisa iniciada em 2009, que explorou a relação entre viagens e o crescimento dos negócios.

Em uma série de dados baseadas em análises econométricas sobre a relação entre gastos de viagens e as receitas, envolvendo 900 companhias abertas entre 1998 e 2009, os autores do relatório concluíram que para cada US$ 1 estrategicamente investido em viagens de negócios, as empresas registram um incremento de US$ 20 em lucro bruto adicional. Dados de 2009 “validaram” a relação originalmente calculada no relatório sobre ROI da Amex BT-GBTA (à época, NBTA) divulgado dois anos atrás.

Segundo um porta-voz da Amex BT, a relação 20:1 (ROI) foi menor nos anos anteriores. Antes de 2008, essa relação entre gastos e lucro era de 16:1. O relatório também sugere que as empresas norte-americanas frearam demais as despesas com viagens durante a recente recessão e, consequentemente, a retração econômica foi mais severa do deveria ter sido. Entre 2007 e 2009, a economia norte-americana perdeu cerca de US$ 926 bilhões ou 3,6%, de acordo com o relatório. Todavia, as empresas cortaram US$ 34.6 bilhões em despesas de viagens (para US$ 237 bilhões), uma retração de 12,7%. Análises indicam que um corte de US$ 31 bilhões em viagens de negócios teria sido suficiente para se defender da redução de vendas - o que teria resultado em uma queda de apenas 11,4% em despesas de viagens.
“A diferença representa um valor adicional ou hedge de aproximadamente US$ 3,7 bilhões”, continua o estudo. “Se esse hedge adicional de despesas de viagens tivesse sido gasto, as vendas teriam sido cerca de US$ 26 bilhões maiores. O corte adicional pode ter se tornado uma ferida auto-infligida, que tornou a grande recessão de 2007-2009 pior do que deveria ter sido nos EUA”.
O novo estudo da Amex BT e GBTA Foundation estudou 14 diferentes setores industriais e concluiu que as empresas de serviços corporativos, entretenimento e de esportes gastaram em viagens perto de seu nível ótimo, enquanto os setores bancário, farmacêutico e de varejo foram mais propensos a gastar menos (cortar mais) em viagens. De acordo com a diretora de Serviços de Pesquisa da área de consultoria da American Express Global Business Travel, Christa Degnan Manning, “dez anos atrás, as viagens representavam 1,4% de cada dólar de receita. Agora são 0,9%”.

O relatório também procurou estimar quanto a mais uma empresa estaria propensa em gastar com viagens quando abre um novo escritório ou filial. “Um acréscimo de 1% no número de localidades foi associado a um incremento de 0,17% no orçamento de viagens”, conclui. “Por exemplo, se uma indústria química com receitas entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, 10 filiais e despesas atuais (aéreas) com viagens de US$ 466,000 decidir abrir cinco novas filiais (domésticas), essa companhia pode esperar um gasto adicional de 8,5% em bilhetes aéreos, ou cerca de US$ 40,000.

Fonte: Business Travel Magazine

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